Pitágoras, filósofo e matemático, nascido em Samos, Grécia, afirmava que o homem, sendo um ser eminentemente social, por natureza não consegue viver isolado e tende a se agrupar.
A convivência, no entanto, impõe a ordem determinada por regras de conduta. Elas se encontram nas leis do Estado e na consciência do indivíduo que pauta seu comportamento pela moralidade. Esse é o preço da coexistência: a contenção, advinda da lei e da consciência.
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Atentemos para estas recomendações de um especialista:
· Dê o benefício da dúvida;
· Mantenha a calma;
· Saia da frente o quanto antes;
· Ignore gestos obscenos;
· Evite contato visual;
· Não leve para o pessoal;
· Não responda.
Estas são medidas preventivas contra a agressividade do trânsito, recomendadas pelo consultor Denis Freire de Almeida. Suas normas de contenção visam o cumprimento da lei humana e a preservação da paz social. Elas estimulam a boa convivência e a harmonia que devem prevalecer na coexistência grupal preconizada pelo sábio grego.
São sugestões muita análogas a estas, de Paulo, o apóstolo:
· Seja paciente;
· Seja bondoso;
· Não inveje, não se vanglorie e não se orgulhe;
· Não maltrate, não procure apenas seus interesses, não se deixe dominar pela ira e não guarde rancor;
· Não se alegre com a injustiça e sim com a verdade;
· Espere, acredite e suporte;
· Pense, não como menino, mas como homem, pois tudo passará.
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Podemos notar, amigo leitor, que o exercício da cidadania se aproxima da espiritualização do ser humano. São precauções sociais que lembram valores defendidos pela ética, tais como tolerância, serenidade, equilíbrio, prudência, previdência e empatia.
O conceito de cidadania, embora não necessariamente ligado a determinada religião, pressupõe a convivência pacífica do ser civilizado com seus pares e a aceitação de diretrizes muito próximas do Evangelho de Jesus.
Não resistas ao mau. Se alguém quiser demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Dá a quem pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
— Que absurdo! — talvez dirá o caro leitor, à primeira vista, diante de atitudes que poderão lhe acarretar prejuízos materiais.
No entanto, se observarmos o ambiente hostil que às vezes encontramos no trânsito, na convivência profissional, no mundo dos negócios e, às vezes, infelizmente, no trato social ou mesmo familiar, semelhantes recomendações poderão evitar contendas, agressões, atritos com a lei e até crimes, preservando a integridade da vida humana.
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Respeitar filas, jogar lixo no lixo, não sonegar impostos, respeitar o sossego alheio, nada fazer contra o próximo, são exemplos de deveres do cidadão.
Saúde, cultura, justiça, educação e ser honestamente representado por administradores, políticos e autoridades, são exemplos de direitos do cidadão.
Deveres e direitos, no entanto, precisam ser acompanhados da espiritualização do ser humano, porquanto, na ótica do egoísmo, tudo é permitido. Na ótica da caridade, nada que agrida o ser social é admitido.
Essas atitudes, no entanto, virarão meras teorias, se não forem praticadas por todos nós e se pensarmos que somente o Estado é responsável pela preservação da paz social da humanidade. Indispensável que cada um se revista de espiritualidade e dê sua contribuição em favor de uma sociedade mais justa e mais solidária.
Encerremos com esta maravilhosa narrativa que adaptamos da obra The Law of the Garbage Truck, de David J. Pollay.
O caminhão de lixo
Muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar e às vezes descarregam sobre a gente.
Nunca tome isso como pessoal. Isto não é problema seu! É dele! Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa ou nas ruas.
Fique tranquilo… respire e deixe o lixeiro passar.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia.
A vida é muito curta, não leve lixo com você!
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem. A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe!
Fiquemos com Richard Simonetti:
Na ótica do egoísmo, não fazer acordo algum é melhor do que um acordo insatisfatório. Na ótica da caridade, um acordo insatisfatório é sempre melhor do que nenhum acordo.
Referências: Artigo Como se defender de motoristas agressivos, Denis Freire de Almeida; Primeira Epístola aos Coríntios, Paulo; Por uma vida melhor, Richard Simonetti; The Law of the Garbage Truck, David J. Pollay