Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens.
- Sidney Fernandes
"Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
" Mateus 5:16.
“É preciso mudar de óculos. Evitar lentes negras, a visão escura, sombria, pesada, densa... Se usarmos óculos claros, sentiremos que em todas as situações sempre há aspectos positivos e é neles que devemos fixar nossa atenção, aproveitando as experiências que Deus nos oferece e fazendo o melhor.” Richard Simonetti, em “Uma Razão Para Viver”.
Sidney F. Fernandes
Em interessante comparação entre os corpos celestes, que os astrônomos e físicos denominam de buracos negros, e a personalidade humana, o autor Marcos Norabele, em artigo publicado pelo Jornal da Cidade de Bauru, diz que “todos temos um lado sombra, mas que pode e deve ser iluminado para podermos lidar com ele”.
Realmente, há pessoas que sempre usam “óculos escuros”, aproveitando a metáfora de Richard Simonetti. São especialistas e meticulosos em achar defeitos, ver as situações pelo seu ângulo mais pessimista e, pior, não raramente conseguem, a exemplo dos chamados “buracos negros” do espaço, exercer uma extraordinária influência sobre as pessoas que as cercam. Elas literalmente “chupam” a luz dos outros, impondo sua visão negativa em relação à vida, ao mundo e às relações sociais.
A Doutrina Espírita aborda o assunto de maneira magistral.
Partindo da proposta cristã e passando por extraordinárias abordagens filosóficas, ela nos apresenta argumentos de toda ordem para empreendermos uma verdadeira “guerra santa” contra a perniciosa tendência de cultuarmos e impormos as trevas que ainda existem em nosso interior. “Ao deter a visão nas piores coisas da vida, o corpo adoece, a alma fica em trevas”, afirma Adeilson Salles. Podemos querer argumento mais convincente do que esse? Pensar negativo faz mal para o corpo, compromete a saúde!
Mas, e os nossos compromissos perante a espiritualidade, como ficam? Não recebemos um corpo perfeito, uma família e combustível para uma vida inteira, para promovermos o desperdício e o desrespeito a um sério planejamento da espiritualidade. Pensar negativo é abreviar a vida e jogar fora preciosas oportunidades evolutivas proporcionadas pelo Alto.
E o que dizer dos malefícios provocados nas pessoas que nos rodeiam e que são por nós influenciadas? Parafraseando Saint-Exupéry, tornamo-nos eternamente responsáveis pelas pessoas que desencaminhamos.
Se convivemos com algum “buraco negro”, não será proselitismo tentar atraí-lo para a nossa luz; será obrigação. Há, porém, um detalhe: já podemos bater no peito e dizer que a nossa luz está resplandecendo diante dos homens? Se ainda não está, este é o momento de passar a alimentar o nosso “lado luz” e passar a ver o lado positivo da vida, a grandiosidade de Deus em nosso interior e finalmente, abandonar definitivamente o uso “das lentes escuras” e contribuir efetivamente para a evolução, nossa e dos outros.