“Enquanto não pagares o último ceitil.” Mateus 5-26
-Sidney Fernandes
“...jamais a infração às leis de Deus, e sobretudo à lei de justiça, fica impune.” A. Kardec LE 984
“É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.” Ghandi Não há “quebra-galho”. Não existe um céu que possa ser conseguido com doações, passe de mágica ou pó de pirimpimpim. Nem mesmo os ortodoxos mais reacionários não se atrevem
mais a sequer insinuar tamanha falta de senso. Na atualidade é crença comum que nada se consegue de graça. Não basta o arrependimento. Sem a reforma íntima e a compensação dos males causados a outrem, tendemos a estacionar o nosso progresso evolutivo e, por consequência, habilitarmo-nos à dor, sofrimento, solidão e à depressão.
André Luiz é objetivo e didático ao nos oferecer, no Capítulo 19 de “Ação e Reação”, o mecanismo que ele denomina de “Sanções e Auxílios”. O autor consegue simplificar o complexo assunto.
A evolução para Deus pode ser comparada a uma viagem. O bem representa passagem livre para a vida superior. O mal significa interdição, exigindo paradas para reajuste.
O mal praticado gera lesão no perispírito que, por sua vez, determinará distúrbio no organismo físico.
É um mecanismo absolutamente natural. Não se trata de castigo. Toda vez que desrespeito um princípio divino, crio automaticamente em mim mesmo uma necessidade de compensação.
E ela virá. Em forma de dores e deficiências. Com toda a sua energia negativa. A não ser que seja minimizada pelo bem e pela oração.
Segundo J. Herculano Pires, o céu que procuramos surgirá a partir do momento em que consigamos “substituir as introjeções negativas e desordenadas do inconsciente por introjeções positivas e racionais”. Se queremos felicidade, nesta ou em outra vida, temos que criar condições para que esse estado de espírito se manifeste em nós. É o “novo homem” do Apóstolo Paulo, que surge através da renovação do “velho homem” (Efésios 4:22 a 24).
O inexorável destino do espírito é a plenitude evolutiva. E isso acontecerá, por bem ou por mal. Sob a pressão da doença, da deficiência física e da carência, material ou afetiva... Ou com os anestésicos da reflexão, da oração, do desprendimento e do sincero empenho em direção ao bem. “O bem é o verdadeiro antídoto do mal.” (André Luiz)
Os cruéis infernos pagãos e cristãos existem! Mas, não da forma como sempre os concebemos, em locais determinados e sujeitos a subornos e “quebra-galhos”. Assim também existem os céus prometidos pelos deuses. No entanto, ambos serão vivenciados interiormente.
Acessíveis, ou um, ou outro, de acordo com os nossos respectivos merecimentos.
Céu ou Inferno estão à nossa disposição, DENTRO DE NÓS. (“O reino de Deus está dentro de vós”.) (Lucas 17:21)
A escolha é nossa!