Espiritismo - Religião do Futuro? - Sidney Fernandes

ESPIRITISMO!
RELIGIÃO DO FUTURO?

- Sidney Fernandes


Amados, não creiais em todos os espíritos, mas verificai se os espíritos procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. 1 João 4:1
O inferno é uma prisão estreita, escura e malcheirosa, a residência de demônios e almas perdidas, no meio de fogo e fumaça.
Drauzio Varella, Carcereiros Desde tempos imemoriais, entrando na era cristã, passando pela tenebrosa idade média e, mesmo com as
transformações do renascimento e dos avanços do século XIX, chegamos à modernidade com ideias não definidas e nada convincentes a respeito do homem e de seu destino.
Luminares da estatura de Lutero, Santo Agostinho, Victor Hugo, Dante Alighieri, Shakespeare e muitos outros que se destacaram na história da humanidade tentaram, com as informações de que dispunham, porém limitados e pressionados pelas injunções filosóficas e religiosas de suas épocas, dar um novo rumo às crenças e valores humanos.
E conseguiram, à sua moda, impulsionar o homem a dar preciosos passos evolutivos.
De Kardec aos nossos dias, tivemos inegáveis avanços em todas as áreas do conhecimento humano.
Não por falta de informações ou bases culturais, todavia, alguns mistérios permanecem indecifráveis, por conveniência religiosa, acomodamento econômico ou simplesmente por ausência de estudo e pesquisa.
Insanidades, perturbações psíquicas, medos, fobias, dores e doenças de origem desconhecida, opções sexuais, aparições, possessões e visões do além ainda não têm interpretação adequada.
Não obstante o conhecimento e as informações catalogadas pela ciência e pela mídia, esses assuntos são preconceituosamente enfeixados e
rotulados à conta de inexplicáveis ou, de forma acomodatícia, como indecifráveis.
Bastaria que o homem atual se abeberasse dos conhecimentos que estão aí, à sua disposição, e inúmeras situações seriam esclarecidas.
A influência dos Espíritos em nossas vidas, os traumas oriundos de outras encarnações, a emancipação da alma, as consequências de desvarios do passado, a manifestação de faculdades psíquicas e o medo da morte são assuntos que vão perdendo o halo fantasmagórico, graças a informações ao alcance não somente dos espíritas.
Tratar manifestações mediúnicas como originárias do demônio ou defender a existência de infernos irremissíveis soa como incongruência
inadmissível diante do atual conhecimento humano.
Filmes como Além da eternidade, Ghost, O sexto sentido, Além da vida, Nosso lar e E a vida continua, só para citarmos os mais conhecidos, já não são mais lançados à fogueira do preconceito e da ignorância. Ao contrário, são bem aceitos pela crítica e elogiados pela sociedade. São tratados como valiosas revelações, não necessariamente oriundas do conhecimento espírita.
O espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões. A célebre frase que, de certa forma, resume o pensamento de Léon Denis,
prevê que as ligações do homem com Deus ocorrerão sem intermediários, sem cultos, sem dogmas que contrariem a razão, como acontece hoje com a Doutrina Espírita.
E a boa notícia é que já dá para perceber como as religiões já evoluíram e se aproximam, claramente, dos valores espíritas.
Muito temos ainda a caminhar. As legiões de espíritos pouco evoluídos que irão reencarnar na Terra representam bem os momentos de convulsão ainda por vir.
É forçoso, no entanto, reconhecer que os tempos são outros e que o progresso indefectível adquire velocidade cada vez mais vertiginosa.
O conhecimento está à disposição da humanidade. A informática e outros modernos meios de comunicação e de pesquisa tendem a escancarar, em futuro não muito distante, os preciosos conhecimentos do espírito.
Oxalá a humanidade faça bom uso dessas verdades!
Faz cinquenta anos que os espíritas sabem o que a ciência pretende hoje descobrir.
Léon Denis, em 1905, no Congresso Espírita de Liège, Bélgica