Moral ou Inteligência ? - Sidney Fernandes 

MORAL OU INTELIGÊNCIA?

- Sidney Fernandes 


Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.
Mateus, 6:34
Nunca os círculos educativos da Terra possuíram tanta facilidade de amplificação, como agora, em face da evolução das artes gráficas; jamais o livro e o jornal foram tão largamente difundidos; entretanto, a imprensa, quase de modo geral, é órgão de escândalo para a comunidade e centro de interesse econômico para o ambiente particular, enquanto que poucos livros triunfam sem o bafejo da fortuna privada ou oficial, na hipótese de ventilarem os problemas elevados da vida.
Emmanuel, O Consolador.
– Estamos aqui fazendo absolutamente nada. Temos todo o tempo do mundo disponível. Que tal se uma vez por dia, durante meia hora, nos
reuníssemos para orar a Deus e a comentar o evangelho de Jesus?
Semelhante sugestão teria sido hipoteticamente apresentada por um dos componentes de conhecido reality show da televisão brasileira.
Quem aventou essa hipótese foi Richard Simonetti, em uma de suas palestras. O próprio orador se incumbiu de formular as possíveis reações a semelhante absurdo:
– Quem é esse maluco? Algum E.T.?
O que está pretendendo? Provavelmente quer atrair a atenção e a simpatia do público, é claro. Vamos eliminá-lo! – diria alguém.
– Esse cara está querendo fazer média? Com quem? – diriam muitos telespectadores.
– Não soa bem misturar religião com entretenimento. – diria a direção da emissora.
Tais reações, algumas dissimuladas, esconderiam outras manifestações que poucos teriam coragem de expressar:
– Falar em Deus, Jesus? Neste ambiente? Que absurdo! Isso não vai dar audiência. O público gosta mesmo é de intrigas, mentiras, traições, sensualidade e apelos sexuais. É isso que o povo quer!
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Infelizmente essa repugnância à oração, à religião, ao evangelho e à preservação da moral não acontece apenas em um programa de televisão.
Soam insólitas as combinações entre oração e ambiente profissional, religião e lazer, assim como entre Jesus e a vida cotidiana.
Apenas soam...
Porque na hora do aperto as coisas mudam:
– Atletas oram antes, durante e depois das competições;
– Cantores - mesmo os famosos e experientes - já fazem constar de seus contratos a montagem de oratórios improvisados, em seus camarins, para suas reflexões e orações;
– Homens de negócios ausentam-se momentaneamente de importantes reuniões, buscando inspiração, proteção e consolo em suas preces.
E a relação vai longe...
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A sociedade atual está diante de um impasse. O homem caminhou importantes passos em seu progresso intelectual, mas quase sempre se utiliza da inteligência e do conhecimento para atender os seus interesses pessoais.
Todavia, quando sofre os reflexos de seu atraso moral, desequilibra-se.
Intuitivamente, percebe que suas dores se devem às paixões degradantes, à falta de valores morais, sociais, éticos e espirituais. Sabe que a predominância do egoísmo e da ganância lhe faz mal.
Volta-se novamente para Deus!
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Mas até quando vai perdurar esse efeito sanfona:ora vícios, ora virtudes?
O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita (Emmanuel).
Este é o momento a partir do qual, gradativamente, a humanidade se aproximará de Deus, valorizando tanto as conquistas materiais, como as morais.
É também o momento do nosso testemunho e da nossa contribuição, na implantação de uma nova era.
Sejamos fiéis aos nossos compromissos espirituais.