Por que o Cachorro entra na Igreja? -Sidney Fernandes

POR QUE O CACHORRO ENTRA NA IGREJA?
Sidney Fernandes


Não se assuste com o título, amigo leitor. Trata-se apenas de uma pergunta que meu pai, periodicamente, me fazia. Quando, segundo seu conceito, eu havia passado dos limites das traquinagens infantis, ele achava que eu estava meio endiabrado. Sua pergunta era para me lembrar de que eu havia deixado as portas da minha mente abertas e por elas, provavelmente, haviam adentrado más influências.
Em todas as palestras e programas de perguntas e respostas, não nos cansamos de repetir a mesma pergunta. Diante da óbvia resposta de que o cachorro entra na igreja porque a porta está aberta, emendamos para dizer que, da mesma forma, os espíritos doentes e mal-intencionados entram em nossas casas e mentes porque não criamos as necessárias barreiras ou não nos utilizamos dos antídotos adequados.
Os Espíritos maus farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo, ensina-nos Allan Kardec, lembrandonos de que os maus pensamentos, a desarmonia, a intolerância, o palavrão e a falta de cordialidade, transformam nossos lares em verdadeiros campos de atração para as almas sofredoras, que sentem o aroma de nossas invigilâncias.
Estamos então à mercê dos espíritos infelizes? Negativo! A solução é fechar a porta de nossa casa e travá-la com ferrolhos resistentes, para que a ela tenham acesso somente nossos protetores e familiares amigos que velam por nós.
Afinal, do que estamos falando?
Da extraordinária proteção do Culto do Evangelho no Lar.
Prática simples, ao alcance de todos, verdadeiro tesouro de bênçãos que isola nosso lar de qualquer má influência que porventura haja sido atraída por pequenos atritos, discordâncias ou gestos infelizes.
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No livro Os Mensageiros, André Luiz faz referência a formas sombrias, monstruosas, que se arrastavam na rua, à procura de abrigo, diante de tempestade iminente. Algumas delas tomavam a direção de André que, por alguns momentos, se viu tomado de algum receio.
-- Não temam -- disse, calmo o mentor. Sempre que ameaça tempestade, os seres vagabundos da sombra se movimentam procurando asilo. Buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isto não se lhes torna acessível, penetram as residências abertas.
-- Observem como se inclinam para cá, fugindo em seguida, espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração.
-- Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração, constitui emissão eletromagnética de relativo poder.
-- Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno.
-- O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm a distância, procurando outros rumos.
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Por que alguns espíritos sombrios entram em nossas casas? Por que encontram a porta aberta. Vamos, então, fechá-la, colocando, imediatamente, lá dentro, a iluminação interior, capaz de se tornar a couraça e o antídoto adequado para protegê-la.
Essa tarefa é muito simples: escolha pelo menos um dia da semana e horário para uma reunião com os familiares. Coloque uma jarra de água para fluidificação. Cada participante poderá ler um pequeno trecho de página edificante, seja ela de Emmanuel, André Luiz ou simplesmente do Evangelho, se nem todos os participantes forem espíritas.
Proferir a prece de encerramento, rogando aos protetores a iluminação de todos os moradores da casa e depois servir a água fluidificada aos presentes.
Lembramos que não se trata, nem de reunião mediúnica, nem reunião de estudos. É um congraçamento dos familiares, em torno do
Evangelho de Jesus.
Viu como é simples, amigo leitor? Vamos, então, iluminar nosso lar para evitar visitas indesejáveis?