Vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.– Mateus 5:24
Sidney Fernandes
Linda tem verdadeiro pavor de asfixia. Não suporta usar colares, echarpes, nem mesmo um simples suéter. As golas de suas roupas ficam alargadas de tanto serem puxadas. Depois de tentar, inutilmente, inúmeros tratamentos convencionais, resolve tentar a cura através da terapia de vidas passadas. O profissional usa a técnica de indução rápida que produz um nível profundo de hipnose em trinta segundos. Linda começa a soluçar e arquear o pescoço. – Vão me por na guilhotina! Grita apavorada.
Observa-se sendo decapitada. O médico repassa a cena da morte várias vezes, reduzindo a emoção cada vez mais, até ela conseguir contar calmamente o que havia acontecido na vida anterior. Reconhece no algoz que a encaminhou à execução, pessoas muito próxima da atual encarnação. Agora entende o porquê de suas desavenças.
Ao final da regressão, Linda abotoou sem hesitar o botão de cima da blusa. Estava curada. Os sintomas não voltaram. - O que você precisava aprender com essas experiências? – Perguntou o terapeuta a Linda.
-Não odiar! Devo aprender a perdoar e não odiar.” Dr. Brian percebeu claramente que, a partir da cura física, iniciava-se também o processo do perdão.
Resumo e adaptação de caso real do livro “A Cura através da Terapia de Vidas Passadas”, do Dr. Brian Weiss
- X –
- Você tem que gostar do seu irmãozinho... Só por causa das minhas recomendações meus filhos passaram a se amar? Obviamente não. Eles se adoram até hoje porque esse sentimento surgiu deles. De sua convivência. Não se manda no coração. O que dizer então do ressentimento? Temos o poder de eliminá-lo do nosso coração? Nosso cérebro manda e o coração obedece? Ao recomendar amor ao inimigo, Jesus não queria dizer que se deva ter por ele a ternura que se tem por um irmão. A ternura pressupõe confiança. Jesus não queria dizer que devamos fazer de conta que as pessoas ruins não são ruins, ou nos sentir bem a respeito de pessoas que agem indignamente. O que ele queria dizer era que
devemos evitar o ódio, que nos iguala a elas.
AMOR NÃO É COMO NOS SENTIMOS EM RELAÇÃO AOS OUTROS, MAS SIM COMO NOS COMPORTAMOS.
É deixar que nossos desafetos acertem suas contas com o Criador. Um pastor evangélico me informou como havia superado seus ressentimentos. – “Simplesmente eu inclui meus desafetos em minhas orações. A princípio, estranhei a presença desses desconhecidos ao lado dos meus mais caros afetos. Imagine, um inimigo recebendo minhas preces ao lado de meus fihos e netos? Com o tempo, acostumei-me com sua presença. Hoje não estranho mais e às vezes pego-me tentando me lembrar porque motivo estou orando por eles.” Segui seu exemplo. E posso dizer que em mim também já se iniciou o processo do perdão.