FAMÍLIA: CONVERSAR É PRECISO
Sidney Fernandes
PARTE 3
SENTIMENTOS PRECISAM SER ADMINISTRADOS
Raiva, insatisfação, decepção, alegria, tristeza, entre outros sentimentos, oriundos da presente existência ou de vidas anteriores, precisam ser superados ou administrados.
Pais e responsáveis precisam ter a humildade de reconhecer que, às vezes, o que nos desagrada não é a pessoa que fez alguma coisa, mas sim o ato que ela executou. Concordando ou não com a atitude do outro, às vezes o problema está em nós, e não no filho ou em outro familiar. Quando conseguimos fazer essa distinção, ficamos felizes.
“Ruídos” das comunicações podem se originar do passado, por questões não resolvidas em vidas anteriores. A vida atual, de convivência no mesmo lar, representa, muitas vezes, grande desafio aos antigos familiares, que se reencontram para resolver suas diferenças e ensaiar fraternidade.
É preciso considerar ainda a possibilidade de interferência de antigos desafetos espirituais, que podem dificultar a comunicação entre familiares de agora e do passado.
Esta é uma questão muito importante. Quando baixamos o nível do nosso relacionamento, por palavras, gestos e atitudes que comprometem o relacionamento, atraímos espírito infelizes, doentes ou mesmo até obsessores, que vêm “minar” a vida familiar.
No final de O Evangelho Segundo o Espiritismo existe um trecho nas orações que diz o seguinte:
Assim como as moscas são atraídas pelas chagas do corpo, espíritos infelizes são atraídos pelas chagas da alma.
Comunicação malfeita dispara sentimentos ruins, que, por sua vez, atraem espíritos inferiores, que podem “envenenar” de vez o relacionamento familiar. Trata-se de autêntico exemplo de comunicação indireta provocada por desencarnados, com sérios comprometimentos para o grupo familiar A pandemia desnudou sérias falhas na comunicação. Muitas famílias foram obrigadas a rever suas relações, sentimentos e espaços no ambiente compartilhado de suas casas. A proximidade intensa pode ter provocado a manifestação de emoções que anteriormente teriam sido evitadas.
— Eu não quero falar para meu filho que eu tenho medo, que eu não sei exatamente o que está acontecendo e também que eu não tenho respostas — muitos de nós pode ter pensado.
A pandemia escancarou o nosso ‘não-saber’ em nossas testas.
Nessa situação extraordinária, agiganta-se em importância o aglutinamento da família em torno de uma religião. O evangelho no lar ainda é o fórum ideal para que os familiares encontrem o denominador comum, a fim de que as diferenças sejam minimizadas e respeitadas.
Referências: Fonte – IDE – Instituto de Desenvolvimento da Educação – A comunicação familiar – texto publicado no Portal da Família, em 25/11/11; Ser feliz é
uma decisão, Sidney Fernandes.
- continua na parte 4 -