5- FAMÍLIA: CONVERSAR É PRECISO PARTE 5 DIÁLOGO É ESSENCIAL À FELICIDADE CONJUGAL ---- Sidney Fernandes

FAMÍLIA: CONVERSAR É PRECISO
Sidney Fernandes


PARTE 5
DIÁLOGO É ESSENCIAL À FELICIDADE CONJUGAL
O Espiritismo é a doutrina da consciência livre e da responsabilidade. Cada um de nós tem liberdade de tomar as decisões que achar melhor, arcando, naturalmente, com as consequências. A sabedoria divina — ensina Emmanuel — não institui o princípio da violência, dispondo cada espírito da liberdade de interromper, modificar, discutir ou adiar compromissos assumidos perante a lei humana.
Ser feliz no casamento depende das nossas escolhas. Há pessoas que escolhem cair na rotina e preferem esquecer de demonstrar a sua afetividade. Essa escolha determina a morte da relação conjugal.
Os que não se separam é porque não têm coragem, ou levam às últimas consequências eventuais compromissos espirituais, ou se acomodam, ou ainda porque têm motivos mais relevantes — filhos por exemplo — para manter uma união infeliz.
Sugiro, caros amigos, que não deixem as coisas chegarem a esse ponto. Mesmo que você sinta que não está ao lado daquela que poderia considerar sua alma gêmea, faça como Benjamin Disraeli, político conservador britânico.
Durante trinta anos, Mary Anne viveu para Disraeli, e ele a defendia com uma lealdade feroz. Um casal motivado pelo amor e pela paixão, que se uniu e viveu uma vida maravilhosa? Apenas uma parte da verdade.
– Eu posso cometer muitas loucuras na vida, mas não pretendo nunca me casar por amor — dizia Disraeli.
Ficou solteiro até os trinta e cinco anos, quando propôs casamento a uma viúva rica, Mary Anne, quinze anos mais velha do que ele. Ela sabia que ele não a amava e que ia desposá-la pelo seu dinheiro. No entanto, ficaram casados durante 30 anos e ...nunca me senti fatigado dela –, dizia Disraeli. Ela soube tornarse a coisa mais importante de minha vida.
E ela costumava dizer às suas amigas:
– Graças à sua bondade, minha vida tem sido uma longa cena de felicidade.
Para seu sempre crescente prazer, o lar era o lugar onde ele passava as horas mais felizes da sua vida. A idosa esposa era a sua animadora, a sua confidente, a sua conselheira. Ele passara a sair apressado da Câmara dos Comuns para voltar à casa, a fim de lhe contar as novidades do dia. Ela tornou-se a sua heroína.
– Você sabe que eu apenas casei com você pelo seu dinheiro e nada mais? – falava Disraeli, em tom de pilhéria.
– Sim, mas se você tivesse de fazer isso outra vez, casar-seia comigo por amor, não é? E ele confessava que sim.
Eles não eram perfeitos. Mas ambos se fizeram perfeitos um para o outro. Descobriram suas mútuas qualidades e se amaram
por toda a vida. Provaram ao mundo que amar, acima de tudo, é compreender e doar-se, incondicionalmente. Disraeli e Mary Anne são o exemplo de que duas criaturas, quando querem, podem encontrar motivos recíprocos para uma boa convivência. E daí sim podem despertar o autêntico amor.
A mágica do amor – não da paixão – pode acontecer.
Dois espíritos se reencontram e naturalmente se unem, cumprindo prévio planejamento na espiritualidade.
Mas mesmo que a união não seja com a alma gêmea, o casamento pode se harmonizar com o exercício da boa vontade, da generosidade, da compreensão e da cumplicidade.
Esses ingredientes, indispensáveis ao florescimento do verdadeiro amor, fazem parte não apenas do amor conjugal, mas sim da proposta da família universal trazida por Jesus.
O caminho é bem conhecido de todos nós. Basta segui-lo.


Referências: Fonte – IDE – Instituto de Desenvolvimento da Educação – A comunicação familiar – texto publicado no Portal da Família, em 25/11/11; Ser feliz é uma decisão, Sidney Fernandes.


- continua na parte 6 -